QUANDO DEUS LUTOU
POR SEU POVO
Há quarenta e cinco anos atrás o povo de Israel vivenciou um de
seus mais duros desafios desde o seu reconhecimento como pais, em 1948. Fazia
menos de vinte anos de sua independência, quando uma coalizão de países árabes
ameaçou aniquilar o estado israelense em 1967. Ao sul o Egito, a leste a
Jordânia e ao norte a Síria. Todos estes paises se uniram com o propósito de destruir
Israel e retomar seu território. Outros países, como o Líbano, Sudão, Iraque, Arábia Saudita, Kwait
e Argélia, apoiaram a idéia da eliminação da nação israelense, afirmando sua
simpatia aos demais países envolvidos diretamente no conflito[1].
Vários líderes árabes daquela época declararam publicamente seu
desejo em destruir Israel. Entre eles, o presidente Egípcio Gamal Abdel Nasser[2], disse
ao referir-se a Israel: “Será uma guerra total.” O líder da OLP – Organização para
Libertação da Palestina, à época, Ahmed Shukairy[3],
falou: “Os israelenses que aqui nasceram poderão permanecer na palestina, mas
acho que nenhum deles sobreviverá.”
As diferenças de forças entre Israel e a coalizão árabe era
enorme. Para cada soldado israelense havia três soldados árabes. Para cada
avião de combate de Israel, havia dois do lado inimigo. Para cada tanque, ou blindado,
havia três carros adversários. Era uma guerra desproporcional! Israel estava cercada por forças árabes
que eram muito mais numerosas que as suas e seus planos de defesa pareciam
condenados ao fracasso. Mas benditos aqueles que confiam unicamente
no Senhor! (Salmos, cap. 20, vers. 7 e 8), pois mesmo assim, em tamanha desvantagem,
o exercito de Israel venceu.
Sob as ordens de Moshe Dayan[4], líder
das forças israelenses, o exercito e a força aérea aniquilou as tropas
inimigas. Israel não apenas venceu seus inimigos, mas também conquistou toda a península
do Sinai (ao sul), as colinas de Golã (ao norte) e também tomou o controle de
toda a cidade de Jerusalém, onde fica o Muro das Lamentações, local sagrado
para os Judeus. A vitória do povo de Israel se deu em apenas seis dias, o que
determinou o nome desse conflito, entrando para a história como a guerra dos
seis dias[5].
Na
Bíblia, vemos outras vitórias impressionantes do povo de Israel quando se
encontraram cercados ou desafiados por seus inimigos. Veja o que diz as Escrituras:
“E sucedeu que,
ouvindo Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, que Josué tomara a Ai, e a tinha destruído
totalmente, e fizera a Ai, e ao seu rei, como tinha feito a Jericó e ao seu
rei, e que os moradores de Gibeom fizeram paz com os israelitas, e estavam no
meio deles, temeram muito, porque Gibeom era uma cidade grande, como uma
das cidades reais, e ainda maior do que Ai, e todos os seus homens valentes.
Pelo que Adoni-Zedeque, rei
de Jerusalém, enviou a Hoão, rei de Hebrom, e a Pirão, rei de Jarmute, e a
Jafia, rei de Laquis e a Debir, rei de Eglom, dizendo: Subi a mim, e
ajudai-me, e firamos a Gibeom, porquanto fez paz com Josué e com os filhos de
Israel.
Então se ajuntaram, e subiram
cinco reis dos amorreus, o rei de Jerusalém, o rei de Hebrom, o rei de Jarmute,
o rei de Laquis, o rei de Eglom, eles e todos os seus exércitos; e sitiaram a
Gibeom e pelejaram contra ela.
Enviaram, pois, os homens de
Gibeom a Josué, ao arraial de Gilgal, dizendo: Não retires as tuas mãos de teus
servos; sobe apressadamente a nós, e livra-nos e ajuda-nos, porquanto todos os
reis dos amorreus, que habitam na montanha, se ajuntaram contra nós. Então
subiu Josué, de Gilgal, ele e toda a gente de guerra com ele, e todos os homens
valorosos.
E o SENHOR disse a Josué: Não
os temas, porque os tenho dado na tua mão; nenhum deles te poderá resistir. E Josué lhes sobreveio de repente, porque toda a
noite veio subindo desde Gilgal. E o SENHOR os conturbou diante de
Israel, e os feriu com grande matança em Gibeom; e perseguiu-os pelo caminho
que sobe a Bete-Horom, e feriu-os até Azeca e a Maquedá.
E sucedeu que fugindo eles de
diante de Israel, à descida de Bete-Horom, o SENHOR lançou sobre eles, do
céu, grandes pedras, até Azeca, e morreram; e foram muitos mais os que morreram
das pedras da saraiva do que os que os filhos de Israel mataram à espada.
Então Josué falou ao SENHOR,
no dia em que o SENHOR deu os amorreus nas mãos dos filhos de Israel, e disse
na presença dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeom, e tu, lua, no vale de
Ajalom.
E o sol se deteve, e a lua
parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isto não está escrito no
livro de Jasher? O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a
pôr, quase um dia inteiro.E não houve dia semelhante a este, nem antes
nem depois dele, ouvindo o SENHOR assim a voz de um homem; porque o
SENHOR pelejava por Israel.” (Josué, cap.10, vers. 1 a 14)[6]. Grifei partes.
Sabemos que Deus não muda, permanecendo sempre o mesmo ao longo
dos tempos (Hebreus, cap. 13, vers. 8). Porém, nossa luta atualmente não é
contra exércitos armados ou soldados inimigos, mas sim contra as forças espirituais
da maldade:
“Porque não temos que lutar
contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as
potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes
espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” (Efésios, cap. 6, vers.12).
Mas não devemos temer! (Ev.
João, cap. 16, vers. 33), antes devemos nos revestir de nossa armadura (Efésios,
cap. 6, vers. 13 a 18). Sabemos que podemos atravessar lutas e desafios, alguns
até mesmo desproporcionais ao nosso ponto de vista. Mas lembremo-nos sempre das
promessas vistas no Livro Sagrado a todos aqueles que depositam sua confiança
no Senhor (Salmos, cap. 23, vers. 4 e cap. 91).
Jesus Cristo, O Filho de Deus, Nosso Senhor e Salvador, orou ao
Pai pedindo para que fossemos guardados contra todo o mal:
“Eu rogo por
eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.
E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou
glorificado. E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e
eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para
que sejam um, assim como nós. Estando eu com eles no mundo,
guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles
se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria
completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou,
porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço
que os tires do mundo, mas que os livres do mal.” (Ev. João, cap. 17,vers.9
a15).
Grifei.
Nunca se esqueça! O Senhor é rochedo, lugar forte, libertador, escudo,
salvação e um alto refúgio (Salmos, cap. 18, vers. 2). Socorro bem presente em
tempos de angústia (Salmos, cap. 22, vers. 24, cap. 40, vers. 1 e I Samuel,
cap. 22, vers.7). Ele está com você, confie nessa promessa.
“E eis que eu
estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mateus, cap.28, vers.20).
Deixe Jesus cuidar de você! Ele vencerá suas
batalhas!
Que Deus o abençoe grandemente.
[1] Fonte: Encyclopedia Britannica on line.
[2] Gamal
Abdel Nasser, foi um militar egípcio, presidente de seu país entre 1954 até sua morte em 1970.
Fonte: Wikipedia.
[3]
Ahmed Shukairy (1908 a 1980), foi o primeiro líder da OLP, entre 1964 a 1967. Fonte: Encyclopaedia Palaestina, I Vol., pags. 98-100.
[4]
Moshe
Dayan (1915 a 1981), Ministro da Defesa de Israel e responsável pelas mais importantes vitórias nas guerras contra seus vizinhos
árabes, Dayan foi também um dos principais arquitetos dos acordos de paz de Camp
David, os primeiros que se firmaram entre o governo de Israel e Egito. Fonte: Guerra
do Sinai, Bloch Editores.
[5] Guerra
dos Seis Dias, considerando tempo dos combates, realizados entre 5 a 11 de
junho de 1967.
[6] Todas
as citações bíblicas são baseadas na versão Almeida, Corrigida e Revisada.
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