A OFERTA MAIS VALIOSA

A oferta mais valiosa

No evangelho de Lucas, no capítulo 21, observamos uma grande lição que Jesus nos ensinou acerca do valor e da importância que as ofertas possuem diante de Deus. Diz o texto bíblico[1]:

“Jesus olhou e viu os ricos colocando suas contribuições nas caixas de ofertas. Viu também uma viúva pobre colocar duas pequeninas moedas de cobre. E disse: "Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou mais do que todos os outros. Todos esses deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver.” (Ev.Lucas, cap. 21, vers. 1 a 4).

Essa passagem é de grande importância para todos nós cristãos, pois nos ensina e adverte sobre o verdadeiro valor de nossas ações perante Deus. Assim como nos dias atuais também havia naquela época diversas pessoas que apresentavam suas ofertas no templo e nas sinagogas. Jesus ao observar aqueles que lançavam suas oferendas, reparou em uma pobre viúva que humildemente colocou somente duas moedas de cobre no ofertório. Uma quantia insignificante se comparada às outras contribuições, dadas pelas demais pessoas.

Vemos, portanto, que o critério utilizado por Jesus em avaliar o real valor de nossas contribuições não reside na expressão das quantias apresentadas a Deus, mas sim em nossa generosidade e voluntariedade em apresentar-nos ao Senhor.  A Bíblia nos traz outras importantes lições nesse sentido. O apóstolo Paulo escreveu aos romanos:

“Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria. O amor deve ser sincero. Odeiem o que é mau; apeguem-se ao que é bom. Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios. Nunca lhes falte o zelo, sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor.” (Romanos, cap. 12, vers. 7 a 11).

Aprendemos desse modo que Deus nos avalia e nos recompensa não somente pelas nossas ações, as quais muitas vezes podem ser praticadas com o interesse de promover-nos ou justificar-nos, mas de acordo com o real desejo de nosso espírito e coração em servi-lo (Salmos, cap. 18, vers. 25 a 28; Provérbios cap. 21, vers. 2 e I Samuel, cap. 16, vers. 7). Fazendo de nossa motivação íntima a verdadeira razão de nossas atitudes perante Nosso Senhor.

Por isso a Palavra de Deus nos orienta:

“Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura. Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois Aquele que prometeu é fiel. E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras.” (Hebreus, cap. 10, vers. 22 a 24).

“Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra.” (II Coríntios, cap. 9, vers. 7 a 8).

“Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova", diz o Senhor dos Exércitos, "e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las. Impedirei que pragas devorem suas colheitas, e as videiras nos campos não perderão o seu fruto", diz o Senhor dos Exércitos. "Então todas as nações os chamarão felizes, porque a terra de vocês será maravilhosa", diz o Senhor dos Exércitos.” (Malaquias, cap. 3, vers. 10 a 12).

Que todas as nossas ações sejam sempre motivadas pelo verdadeiro desejo em servir e honrar nosso Deus, não se esquecendo:

“Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.” (I João, cap. 4, vers.7).

“Respondeu Jesus: Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo.” (Ev. Mateus, cap. 22, vers. 37 a 39).

Saiba que Deus é fiel em recompesar aqueles que lhe são sinceros e o amam. Lembre-se sempre:

“Honre ao Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações; os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho.” (Provérbios, cap. 3, vers. 9 e 10).

Que Deus possa fazer coisas maravilhosas em sua vida!

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[1] Todas as citações bíblicas referidas nesse texto são extraídas da Bíblia NVI – Nova Versão Internacional.

O MAIOR MILAGRE DE TODOS

O maior milagre de todos

Lembro ainda hoje, como se fosse há poucos dias, de quando ainda era um adolescente e meu pai recebia diversos pastores em nossa casa. Naquele tempo, e acho que ainda hoje, é bastante comum pastores visitantes serem hospedados pelos anfitriões em sua própria casa quando realizavam campanhas e cruzadas. Era um momento especial para mim, pois Deus me concedia o privilégio em conhecer pessoas maravilhosas, usadas por Deus, além de poder ouvir testemunhos e bênçãos. Realmente adorava poder me sentar ao lado dos mais velhos e poder estar ali, escutar e apreciar os relatos daquilo que Deus fazia na vida das pessoas. Era como a leitura prazerosa de um bom livro.

Em uma dessas ocasiões, um pastor muito amigo de meu pai estava sentado na varanda de nossa casa. Estava simplesmente em silêncio, aparentemente reflexivo. Meditando, pensei eu, naquilo que sobre o qual iria pregar horas mais tarde no culto em nossa igreja. Sem querer interromper seu silêncio, sentei-me no canto da varanda, com todo o cuidado em não fazer nenhum barulho que pudesse atrapalhar a concentração daquele homem, mas ao mesmo tempo curioso em poder provocá-lo a dizer algo que pudesse aprender.

Antes mesmo de sentar-me o olhar daquele pastor mudou de direção e fitou-me, iniciando-se ali uma conversa que lembro-me até hoje como uma das lições mais importantes que trago em minha vida.

“Que bom que está aqui! – Já observou como é linda a paisagem a volta da casa de vocês! Como Deus é bom em lhe dar um lugar tão bonito!” Disse o pastor. Confesso que achei aquilo sem nenhuma relevância. Para mim, apenas uma forma de se iniciar uma conversa. Ao que repliquei – “É mesmo!”

Naquela época morávamos em uma casa simples de madeira, sem muito conforto, e estávamos cercados de árvores pois estávamos no limite da área urbana de uma cidadezinha do interior. Assim, a vista das árvores, o canto dos pássaros, as flores e a beleza da paisagem, nada disso fazia diferença para mim diante da banalidade com que considerava essas coisas.

“Veja só Wilson!” – Prosseguiu o pastor! “Você consegue ver aqueles galhos nas copas das árvores sendo balançados pelo vento?”

“Sim, é claro...” (respondi).

“Veja como seu balançar parece uma dança, todos se mexem sincronizados! São como braços agitando-se numa multidão! E aquelas folhagens mais abaixo!? Parecem mãos que se mexem, acariciando-se umas nas outras, como gestos de carinho! E aquelas flores!? Parecem estar numa coreografia, mexendo-se num ensaio de beleza! E tudo isso ao mesmo tempo!, sem plano algum ou intenção! Simplesmente agitados pelo frescor do vento suave!”

Ao que, com a seguinte frase, concluiu sua observação!

“Quem não consegue ver Deus naquilo que julgamos ser pequeno, ou nas pequenas obras, não consegue identificá-lo naquilo que é grande. Não sabe reconhecer um verdadeiro milagre!”

Confesso que essa afirmação não me impactou imediatamente, mas foi uma semente plantada em meu coração, que levou anos para germinar e produzir frutos de reconhecimento. Sendo hoje, para mim, uma verdade inexorável.

Essa verdade nos leva ao texto bíblico registrado no Evangelho de Mateus, que nos mostra o que Jesus disse as pessoas do nosso tempo:

“Então alguns dos escribas e dos fariseus tomaram a palavra, dizendo: Mestre, quiséramos ver da tua parte algum sinal. Mas ele lhes respondeu, e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe dará outro sinal senão o do profeta Jonas. Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração, e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais do que Jonas.” (Ev.Mateus, cap. 12, vers. 38 a 41).

     

Nos dias de Jesus, assim como nos dias atuais, pessoas correm atrás de milagres e soluções para seus problemas. Igrejas e templos vivem lotados com pessoas apenas preocupadas em ‘buscar uma benção’. Querem da parte de Deus apenas ‘um sinal’ para que possam se sentir satisfeitas e confessem sua crença e gratidão em Jesus.

É claro que Jesus, ao viver entre os homens, realizou inúmeros sinais e maravilhas (Ev. João, cap. 21, vers.25). Tendo Ele prometido aos que acreditassem que realizariam os mesmos sinais, ou até maiores do que Ele realizou (Ev. Marcos, cap. 16, vers. 17 e Ev. João, cap. 14, ver.12). Contudo, desprezam as coisas que julgamos erroneamente pequenas ou sem importância, mas que verdadeiramente demonstram o verdadeiro amor de Deus por nós.

  Nisto podemos afirmar que o maior milagre realizado por Jesus não foi a ressureição de Lázaro (Ev. João, cap. 11, vers. 43 e 44), a restauração da visão do cego Bartimeu (Ev. Marcos, cap. 10, vers. 51 e 52), a cura do empregado do centurião romano (Ev. Mateus, cap. 8, vers. 13), ou a multiplicação dos cinco pães e dois peixes (Ev. Marcos, cap. 6, vers. 40 a 44). Mas o maior milagre de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo foi dar-nos a sua vida em remissão dos nossos pecados. Restaurando com isso o relacionamento entre Deus e a humanidade. Esse é o real significado do versículo mais conhecido e traduzido das Escrituras Sagradas:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Ev. João, cap.3, vers.16).[1] 

 Esse é o maior de todos os milagres! Quem não consegue identificá-lo e reconhecê-lo em sua vida, não saberá reconhecer o que Deus pode fazer em seu favor. Assim, antes de andar buscando por ‘algum sinal’ receba Cristo em seu coração, como seu Único e Suficiente Salvador de sua vida:

“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome.” (Ev. João, cap.1, vers.12).

Aceite-o sem demora! E passe a confiar em Jesus! Assim você começará a ver outros milagres acontecer em sua vida. Lembrando-se sempre:

“Mas buscai em primeiro lugar o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Ev.Mateus, cap. 6, vers.33).

“Não estejais inquietos por coisa alguma, antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.” (Filipenses, cap.4, vers. 6 e 7).

“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.” (Filipenses, cap.4, vers.19).

Que Deus lhe abençoe grandemente!

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[1] Todas as citações bíblicas desse texto são referenciadas na versão Almeida, Corrigida e Revisada. 

UMA HISTÓRIA FEITA DE SONHOS

UMA HISTÓRIA FEITA DE SONHOS

O livro de Gênesis, na Bíblia Sagrada, nos relata uma das mais belas histórias. A história de um sonhador, a história de José.

José foi um dos filhos de Raquel, esposa amada de Jacó (Gênesis, cap. 29, vers. 18, cap. 30, vers. 22 a 24 e cap. 35, vers. 24). Por ser um dos filhos mais moços, Jacó demonstrava um amor maior a José (Gên. cap. 37, vers. 3), fato que despertava a inveja e a ira de seus irmãos. Não bastasse isso, a Bíblia nos conta que José tinha sonhos, o que despertou ainda mais o ódio deles (cap. 37, vers. 5). Chegando a culminar com o desejo de matá-lo (cap. 37, vers. 18 e 20). Porém Ruben, um de seus irmãos, tentando livrá-lo os convenceu do contrário.

Mesmo assim, por ideia de seu outro irmão, Judá, José acabou sendo lançado em um buraco e vendido como escravo a uma caravana de mercadores Ismaelitas, que o levaram ao Egito é lá ele passou a servir na casa de Potifar, um dos oficiais de Faraó, rei do Egito.

É possível imaginarmos a dor e a mágoa de José, humilhado, traído e sem nenhuma liberdade. Tendo sido obrigado a trabalhar sem qualquer contrapartida como escravo, sem direito algum, em terras estranhas. Seria absolutamente natural que qualquer pessoa que tivesse alguma aspiração na vida pudesse julgar seus sonhos acabados e a sua esperança perdida. E como alguns dizem por aí, nada está tão ruim que não possa piorar! E piorou na vida de José! Por ser uma pessoa integra e temente a Deus, José negou-se a trair Potifar, recusando-se envolver com a mulher do oficial do Faraó. Tendo por isso sido lançado na prisão por falsas acusações feitas contra si (Gên. cap. 39, vers. 12 a 20).

Muitas vezes em nossa vida, quando achamos que as coisas vão mal, nos desesperamos quando as dificuldades aumentam. Mas é interessante observarmos que mesmo nos momentos mais difíceis da vida de José, até mesmo quando ele foi preso, o SENHOR estava com ele. Vejam o que diz a Bíblia:

“E José foi levado ao Egito, e Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda, homem egípcio, comprou-o da mão dos ismaelitas que o tinham levado lá. E o SENHOR estava com José, e foi homem próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio. Vendo, pois, o seu senhor que o SENHOR estava com ele, e tudo o que fazia o SENHOR prosperava em sua mão.” (Gênesis, cap. 39, vers. 1 a 3).

“E aconteceu que, desde que o pusera sobre a sua casa e sobre tudo o que tinha, o SENHOR abençoou a casa do egípcio por amor de José; e a bênção do SENHOR foi sobre tudo o que tinha, na casa e no campo.” (Gênesis, cap. 39, vers. 5).

“O SENHOR, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade, e deu-lhe graça aos olhos do carcereiro-mor.” (Gênesis, cap.39, vers.21).

“E o carcereiro-mor não teve cuidado de nenhuma coisa que estava na mão dele, porquanto o SENHOR estava com ele, e tudo o que fazia o SENHOR prosperava.” (Gênesis, cap. 39, vers. 23).

Note que mesmo nas horas de dificuldades e aflições Deus estava com José e o abençoava naquilo que ele fazia.  Todos nós temos uma natural inclinação em achar que ao sofrer somos abandonados pelo Senhor. Ou pior! Chegamos até a afirmar isso! Murmurando e questionando Deus por não nos conformar em vivenciar dificuldades. Essa realidade nos faz pensar de um outro episódio ocorrido entre Jesus e seus apóstolos:

“E, entrando Ele no barco, seus discípulos o seguiram. E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; Ele, porém, estava dormindo. E os seus discípulos, aproximando-se, O despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! que perecemos. E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança. E  aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é Este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (Ev. Mateus, cap. 8, vers. 23 a 27).

Vemos por essa passagem que apesar de Jesus estar no barco, tal fato não impediu que sobre os discípulos viessem os ventos e a tempestade. Muitos questionam: Mas Jesus não poderia impedir que a tempestade ocorresse? A resposta é SIM. Mas por quê, então, o Senhor consentiu com o sofrimento de José e o medo e dos discípulos?? A resposta é igualmente simples. Para o crescimento e amadurecimento de nossa fé!

Que importância teria a FÉ se não tivéssemos obstáculos a superar? Qual seria a qualidade de nosso relacionamento com Deus, se ELE nos impedisse de amadurecer em acreditar em seu poder de nos manter e sustentar nos momentos de dificuldades e aflições?? Foi assim no barco com os apóstolos e foi assim, também, na vida de José.

Mas graças a Deus!! Pois aqueles que confiam no Senhor são como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre! (Salmos, cap. 125, vers. 1º).

A Bíblia nos conta que José, após permanecer tempos no cárcere foi lembrado depois de dois anos por um ex prisioneiro, o copeiro da casa de Faraó, quando o rei teve um sonho (Gênesis, cap. 40). Sendo importante ressaltar que, sendo José ainda escravo e prisioneiro, deu valioso testemunho do poder de Deus:

“E Faraó disse a José: Eu tive um sonho, e ninguém há que o interprete; mas de ti ouvi dizer que quando ouves um sonho o interpretas. E respondeu José a Faraó, dizendo: Isso não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó.” (Gênesis, cap. 41, vers. 15 e 16).

José poderia, como homem cativo e escravo, tentar impressionar Faraó, dizendo ser ele mesmo o responsável pelo dom de interpretar sonhos? SIM, poderia! Mas como Deus poderia abençoá-lo se acaso ele ignorasse a provisão e o sustento de Deus em sua vida, ainda que com dificuldades?

Como poderemos almejar ser abençoados e conseguir realizar nossos sonhos se muitos deixam de reconhecer o poder e a provisão de Deus em suas vidas?? Mas Graças a Deus! Pois José manteve-se fiel ao Senhor em todos os momentos. Até mesmo diante do Faraó, quando teve a oportunidade de encontrar-se com o rei do Egito.

Assim cumpriu-se a vontade de Deus na vida de seu servo. Tendo José interpretado os sonhos do rei, antecipando a fartura e a fome que sobreveriam à terra do Egito. Ao que Faraó exclamou:

“E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um homem como este em quem haja o espírito de Deus? Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo, somente no trono eu serei maior que tu. Disse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do Egito, E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pós na mão de José, e o fez vestir de roupas de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. E o fez subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajoelhai. Assim o pôs sobre toda a terra do Egito. E disse Faraó a José: Eu sou Faraó; porém sem ti ninguém levantará a sua mão ou o seu pé em toda a terra do Egito.” (Gênesis, cap. 41, vers. 38 a 44).

Assim José foi colocado como Primeiro Ministro de todo o Egito, tendo Deus restaurado não só sua posição, mas também seu relacionamento com seu pai Jacó, e seus irmãos (Gên. cap. 42 a 45). Concluindo que todas as lutas e dificuldades pelas quais passara foi por permissão de Deus para o cumprimento de seus sonhos, revelados ainda em sua infância:

“E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se; então disse ele: Eu sou José vosso irmão, a quem vendestes para o Egito. Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós. Porque já houve dois anos de fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega. Pelo que Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento.
Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito.” (Gênesis, cap. 45, vers. 4 a 8)[1].

Como Deus é fiel em cumprir seus propósitos e honrar aqueles que nele acreditam! Portanto, não se entristeça diante de suas dificuldades e ou das provações que se apresentam. Não perca sua fé e entregue seus sonhos nas mãos de Deus. Faça como José, que mesmo diante das maiores dificuldades e provas conservou sua fé. Tendo, ao final, sido chamado pelo Faraó de Zafenate Paneia[2] (Gên. cap.41, vers. 45).

Que Deus possa cumprir todos os seus sonhos. Lembrando-se sempre:

“E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera. A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.” (Efésios, cap. 3, vers. 19 a 21).

Que Deus lhe abençoe grandemente!!

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[1] Todas as citações desse texto são referenciadas na versão bíblica Almeida, Corrigida e Revisada.

[2] Zafenate Panéia – Originalmente uma palavra Egípcia, cujo significado é ‘abundancia de vida’. Jerônimo a traduziu como ‘Salvador do Mundo’, em clara alusão à Jesus Cristo – Bíblia de Estudo Dake, nota, cap. 41.45a. Edição Almeida, Revista e Corrigida, ano 1997, pág. 64. 

QUANDO TOMAMOS O CAMINHO ERRADO

Quando tomamos o caminho errado

Entre as parábolas de Jesus uma delas narra a história de um pai que tinha dois filhos, que ao serem convidados a trabalhar numa vinha, o primeiro disse: “Não Quero!” mas depois de pensar e arrependido de sua atitude acabou indo. Quanto ao segundo, este respondeu prontamente: “Sim Senhor, eu vou!”, porém, ao contrário de suas palavras, não obedeceu o pedido do pai. Sendo que, ao final, Jesus indagou aos que ouviram essa história: “Qual dos dois fez a vontade do pai?”

Essa parábola registrada no Evangelho de Mateus, capítulo 21, versículo 28, é uma bela demonstração dada pelo Nosso Senhor acerca daqueles que embora tenham negado ou resistido ao chamado do Mestre, contudo, acabaram ouvindo a sua Voz e aceitando a Cristo, ganhando com isso a redenção de suas vidas. Por isso, ao final do versículo 31, Jesus nos confronta com uma desafiadora constatação: “Digo-lhes a verdade: Os publicanos e as prostitutas estão entrando antes de vocês no Reino de Deus.”[1]

Por quantas vezes em nossa caminhada cristã somos deparados com o chamado de Deus tocando nossos corações a fazermos a sua vontade. Ao que sempre, num primeiro momento, respondemos sim, constrangidos ou motivados pela emoção, mas que depois de alguns dias ou até instantes esquecemos e ignoramos completamente.

Na realidade, somos todos nós chamados a atender a vontade de Deus, cumprindo ao propósito da pregação do Evangelho da Salvação (Ev. Marcos, cap. 16, vers.15). O Apóstolo Paulo, igualmente, nos recomenda em não sermos descuidados com as coisas da fé, sendo fervorosos no espírito e servirmos a Deus (Romanos, cap. 12, vers. 11). O próprio Jesus nos fala no Evangelho de João que não fomos nós que o escolhemos, mas sim Ele que nos escolheu e nos nomeou para que fossemos e déssemos frutos, e nosso fruto venha a permanecer (Ev. João, cap. 15, vers.16). Somos, portanto, chamados por Deus a fazer a sua vontade. Mas qual é a vontade de Deus? Veja o que diz um dos mais célebres registros da Bíblia:

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus.” (Ev. João, cap. 3, vers. 16 a 18).

 Podemos assim afirmar que quando cumprimos a vontade de Deus estamos tomando o caminho certo, confiando na promessa registrada nas Escrituras Sagradas:

“Aqueles que são sábios reluzirão como o brilho do céu, e aqueles que conduzem muitos à justiça serão como as estrelas, para todo o sempre.” (Daniel, cap.12, vers.3).

Porém, aqueles que ignoram o chamado de Deus, buscando nessa vida apenas satisfazer seus próprios desejos e interesses, certamente tomam o caminho errado. Sendo para essas pessoas reservado o julgamento profetizado por Cristo no Evangelho de Mateus:

"Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor’, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? Então eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal.”(Ev. Mateus, cap. 7, vers. 21 a 23).

Aprendemos com essa passagem que seremos avaliados por Deus, não por aquilo que fizermos, mas certamente por deixarmos de fazer a vontade de Deus.

Que sua decisão acerca de qual caminho você optará por trilhar possa dirigi-lo aos céus. Lembrando-nos sempre:

“Pois o Senhor aprova o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios leva à destruição!” (Salmos, cap.1º, vers.6).

Que Deus lhe abençoe grandemente!!

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[1] Todas as citações bíblicas citadas neste texto são referenciadas na Versão da Bíblia NVI – Nova versão internacional.